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Jovem, é preciso fazer a diferença

JOVEM, É PRECISO FAZER A DIFERENÇA


Diariamente centenas de jovens se aglomeram no Terminal Urbano de Rio Branco, a maioria estudantes: uns estão indo para a escola, outros estão voltando, outros estão apenas passeando, ou como dizem “gazetando aula” e têm ainda aqueles que estão à procura de uma paquera. Porém, o que realmente chama a atenção é o comportamento desses jovens. E o que é pior: muitos deles são membros dos grupos de jovens de nossas paróquias, inclusive fizeram a experiência do Encontro de Jovens com Cristo (EJC).

Não são raras as cenas de brigas dentro e fora do Terminal. Os motoristas dos ônibus precisam fazer um verdadeiro malabarismo, porque as pistas ficam completamente tomadas, parecem verdadeiras passarelas, onde os jovens desfilam despreocupados. As placas sinalizadoras são simplesmente ignoradas. Quem tenta embarcar nos ônibus precisa enfrentar uma avalanche humana sobre si, principalmente os mais idosos, que faltam ser esmagados. A sensação que se tem é de que se está num campo de batalha.

Diante de uma realidade como essa, é impossível não se questionar sobre o papel dos jovens que estão engajados nas diversas pastorais, serviços e movimentos da nossa Igreja: ao invés de tomarem atitudes que mudem a vida de outros jovens que estão ao seu redor, parecem que se tornaram mais um.

De fato, essa etapa da vida é caracterizada pela vulnerabilidade às influências, sobretudo aos apelos midiáticos, pois os padrões de valor e de conduta ainda estão em formação. Porém, como diz o Documento de Aparecida, os jovens “têm capacidade de se opor às falsas ilusões de felicidade e aos paraísos enganosos das drogas, do prazer, do álcool e de todas as formas de violência. Em sua procura pelo sentido da vida, são capazes e sensíveis para descobrir o chamado particular que o Senhor Jesus lhes faz” (DA, 443).

Desta forma, os nossos jovens têm um papel fundamental na evangelização de outros jovens. É o desafio de influenciar, ser sal e luz, ser referência, ser e agir diferente, enfim, de fazer discípulos. Para tanto, não se deve deixar-se influenciar pelas coisas que não contribuem para a construção de um mundo novo. Mas também, não se pode afastar-se ou isolar-se. Caso contrário, a juventude poderá não ser influenciada, mas também perderá a capacidade de influenciar. É necessário estar contextualizado, conhecer as mentalidades e as tendências. Em outras palavras, é preciso estar conectado!

A juventude é a nossa esperança, é o “sacramento da novidade”. Sem a juventude, a sociedade está condenada a ser “velha”, esclerosada, sem alegria, e sem o cheiro da novidade do Reino. Mas não queremos qualquer tipo de juventude. Queremos uma juventude consciente, diferente, capaz de mudar a realidade que está à sua volta. Assim sendo, poderemos voltar a sonhar com a civilização do amor.

Pe. Jairo Coelho

 
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