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Neste mês de julho a comunidade terapêutica Arco Íris completa 25 anos de existência. A comunidade faz parte das obras sociais da Diocese de Rio Branco e atua com a reabilitação de dependentes químicos.

Comunidade terapêutica Arco Íris completa 25 anos

Neste mês de julho a comunidade terapêutica Arco Íris completa 25 anos de existência. A comunidade faz parte das obras sociais da Diocese de Rio Branco e atua com a reabilitação de dependentes químicos.

A Arco Íris surgiu devido à grande angústia dos familiares dos dependentes químicos da sociedade de Rio Branco, que procuravam na igreja católica ajuda para os problemas que as drogas estavam causando em suas famílias.


Breve história

Tendo em vista a necessidade das famílias que buscavam a igreja,  o Bispo Dom Moacyr levou essa preocupação ao então prefeito de Rio Branco Jorge Viana. Assim, uma comitiva acreana foi a Itália, em fevereiro de 1995, encabeçada por dom Moacyr, junto com o prefeito Jorge Viana, os padres Mássimo e Luiz Ceppi, e a vereadora Francisca Marinheiro. Na Itália obteve a colaboração de uma instituição chamada ‘Projeto Uomo’, e do Centro de Solidariedade da cidade de Lucca,  (Organizações que trabalhavam na recuperação dos jovens dependentes químicos e apoios familiares).


Em visita à comunidade terapêutica de dependentes químicos do Centro Italiano de Solidariedade (CEIS), em Lucca, coordenado pelo padre Bruno Frediani, que já tinha visitado Rio Branco em outras ocasiões, e após conversa com os hóspedes da casa terapêutica de Arliano, e com padre Bruno, nasceu a ideia de iniciar também em Rio Branco um projeto de recuperação e de reintegração social de adolescentes e jovens tóxicodependentes.

Após confirmada a colaboração, a Comunidade Terapêutica Arco Íris nasceu em julho de 1995. Foram enviados três monitores italianos para desenvolver o trabalho terapêutico com um grupo local e passar seus conhecimentos para a equipe acreana, formando pessoas capazes de levar a frente esse projeto, e que se tornasse num futuro próximo, puramente acreano.


A abertura da primeira Comunidade Terapêutica Acreana aconteceu em julho de 1996, situada na Estrada (AC 10) de Porto Acre Km 19, e com capacidade para acolher até 24 pessoas. Durante três anos a Itália manteve a comunidade financeiramente e os três monitores italianos. Com o objetivo alcançado que era de implantar esse projeto e formar monitores capazes de levar a frente essa ideia. Em janeiro do ano 2000, os colaboradores 

italianos voltaram para seu país, deixando o projeto como responsabilidade unicamente Acreana.


A Comunidade, que fazia parte do ‘Projeto Caminho Aberto’, começou a produzir seus frutos com a recuperação de jovens dependentes químicos, pois já, nos primeiros seis meses, dava assistência a dez jovens.  No dia 03 de março de 2006, no salão de reuniões da Cúria diocesana, aconteceu a Assembleia da Associação Caminho Aberto, para decidir sobre sua dissolução ou continuidade. Foi decidido por votação, 26 votos a favor e 2 abstenções, sua dissolução. Também por votação da maioria foi decidido que seu patrimônio fosse repassado para as Obras Sociais da Diocese. Os trabalhos continuariam do mesmo jeito, mas a partir desse momento, seria com a direção, administração e total responsabilidade da Diocese, passando a fazer parte das Obras Sociais da Diocese de Rio Branco.


Atuação da Comunidade terapeutica Arco Íris

Esta comunidade, visa à desintegração dos aspectos negativos da personalidade, atuando nas raízes de toxicomania e simultaneamente a reestruturação da personalidade, mediante o aprendizado, a interiorização e expressão dos valores. Propõe um novo estilo de vida a família, baseado na relação de ajuda recíproca, enfatizando a responsabilidade, o respeito, a honestidade, a sinceridade, criando a possibilidade de confronto consigo e com o outro.

A comunidade encontra-se estruturada nos seguintes programas:

- Recuperação para dependentes de álcool e outras drogas.

- Apoio e acompanhamento aos familiares (codependentes).

- Reinserção familiar e social.

- Prevenção primária (palestras e depoimentos em órgãos públicos e privados).

- Prevenção à recaída (grupos de apoio).

- A laborterapia (tarefas executadas pelos residentes)

 

A estrutura física da Comunidade é composta pela casa onde se encontram os quartos, cozinha, salas de espiritualidades, refeitório, banheiros dos quartos, banheiros coletivos, salas de reunião, biblioteca, granja, depósitos, horta, açudes e pomar de frutas, sendo esses espaços utilizados para o desenvolvimento da Laborterapia cujo tempo de tratamento tem duração de 12 (doze) meses, sendo divididos em quatro partes:

- Pré Reinserção Social – 1ª Fase - Triagem e os primeiros 20 dias de residência.

- Reinserção Social Inicial – 2ª Fase – 09 meses de residência (Gestação).

- Reinserção Social Média – 3ª Fase – 03 meses em outro polo (Casa de Acolhida Souza Araújo).

- Reinserção Social Avançada – 4ª Fase – 02 anos – 4ª Fase e projeto de vida em curso

 

Ao longo do tempo de criação da Comunidade a equipe percebeu o quanto é possível pela Laborterapia à elevação da autoestima, a valorização das inúmeras habilidades que trazem consigo e a elevação das aprendizagens a partir das oportunidades concedidas no tratamento. 

 
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