Diocese de Rio Branco promove "Seminário Direitos Humanos e Políticas Publicas Neste Chão da Amazônia"
Em
consonância com o Sínodo para a Amazônia convocado pelo Papa Francisco, a
Diocese de Rio Branco realizou nos dias 20 e 21 de setembro o Seminário de
Direitos Humanos e Políticas Públicas neste chão da Amazônia. A atividade foi
realizada a partir da parceria da Rede um Grito pela Vida, Comissão Pastoral da
Terra, Conselho Indigenista Missionário, Pastoral da Juventude, Rede Eclesial
Pan Amazônica, Cáritas, Pastoral Familiar, Comunidade Eclesiais de Base e Ordem
Franciscana Secular.
O
seminário foi uma postura de compromisso com a realidade cada vez mais grave de
desigualdades e de devastação da Floresta Amazônica que se aprofundam no atual
contexto de posturas políticas e econômicas. ‘Enquanto igreja queremos dar
nossa contribuição, fazer ouvir nossos gritos e clamores e ecoar as vozes do
nosso povo’, afirmou Dom Joaquin Pertiñez, bispo diocesano. Representantes da
Universidade Federal do Acre, Ministério Público, Defensoria Pública e Direitos
Humanos enriqueceram os debates.
Os dois
dias de programação contaram com oficinas sobre grilagem de terras; manejo
florestal e presença de madeireiras; Projeto REDD e mercantilização da
natureza; criminalização de lideranças rurais, agentes de pastoral e movimentos
sociais. No sábado, ao longo do dia, as temáticas passaram por violência
urbana; migração e sua relação com o trabalho forçado; defesa da constituição,
contra roubo e devastação dos territórios indígenas. A atividade foi marcada
também com a presença de 20 indígenas, de seis diferentes povos, e quarenta
agricultores rurais, vindos de diversos municípios do Acre.
O
Seminário foi também um momento de preparação da Diocese de Rio Branco para o
Sínodo da Amazônia, que acontecerá no próximo mês de outubro, em Roma. De
acordo com o Papa Francisco a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos
refletirá novos caminhos para a igreja na Amazônia e para uma Ecologia
Integral, envolvendo os nove países Pan Amazônicos.
‘O Seminário no Acre foi um dos melhores,
como Rede Eclesial, que participei até agora. Cerca de 150 pessoas na espinha
dorsal dos Direitos humanos com uma mística Sinodal todo o tempo. Enfim, a Rede
Eclesial Pan Amazônica ganhou concretude em Rio Branco. A proposta é replicar
em Cruzeiro do Sul’, declarou Roberto Malvazzi, articulação nacional da REPAM.