Cem Anos Evangelizando a Amazônia
Pensar
na evangelização da Amazônia é imaginar a missão daqueles que abandonaram os
centros urbanos para imergir no desconhecido. O silêncio ensurdecedor da
floresta, a proposta enganosa de redenção econômica pela borracha, a ausência
da terra natal, cobriu de abandono um povo, restando-lhe apenas a fé em Deus,
no santo padroeiro, na esperança da próxima desobriga para o filho não morrer
pagão.
A
religiosidade acreana e amazônica é muito própria, e essa essência deve ser
celebrada neste centenário de lutas, de martírio, de vida pela terra e busca
pela fé que encanta os 100 anos de evangelização da Diocese de Rio Branco. As
estradas de seringa de Hélio Melo, o 'kene' indígena que marca a seringueira, a
seringueira que pelo látex derramado vira símbolo de uma luta pela terra, a
canoa da chegada – e da partida também – compõem a arte final do Centenário.
Mas
é ao centro que se encontra o símbolo de fé de um povo, a 'poronga' que rasga a
madrugada do seringueiro é a própria Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da
cidade de Rio Branco, antigo Seringal Empresa. A fé na mãe do menino, trazida
pelos nortistas às terras do Aquiri foi o que garantiu a resistência de um povo
flagelado pelas chagas do abandono. Um povo migrante que chega a uma Nazaré de
igapós e mata bruta. (Gabriel Rodrigues).
Pensar na evangelização da Amazônia é imaginar a missão daqueles que abandonaram os centros urbanos para imergir no desconhecido. O silêncio ensurdecedor da floresta, a proposta enganosa de redenção econômica pela borracha, a ausência da terra natal, cobriu de abandono um povo, restando-lhe apenas a fé em Deus, no santo padroeiro, na esperança da próxima desobriga para o filho não morrer pagão.
A
religiosidade acreana e amazônica é muito própria, e essa essência deve ser
celebrada neste centenário de lutas, de martírio, de vida pela terra e busca
pela fé que encanta os 100 anos de evangelização da Diocese de Rio Branco. As
estradas de seringa de Hélio Melo, o 'kene' indígena que marca a seringueira, a
seringueira que pelo látex derramado vira símbolo de uma luta pela terra, a
canoa da chegada – e da partida também – compõem a arte final do Centenário.
Mas
é ao centro que se encontra o símbolo de fé de um povo, a 'poronga' que rasga a
madrugada do seringueiro é a própria Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da
cidade de Rio Branco, antigo Seringal Empresa. A fé na mãe do menino, trazida
pelos nortistas às terras do Aquiri foi o que garantiu a resistência de um povo
flagelado pelas chagas do abandono. Um povo migrante que chega a uma Nazaré de
igapós e mata bruta. (Gabriel Rodrigues).