Nessa última semana de agosto, mês vocacional, é celebrada a vocação dos cristãos leigos e leigas e seus diversos serviços nas comunidades. A igreja reconhece essa vocação, e no Brasil, a celebrou no domingo, 23. Os leigos compõem a maior parte da igreja e colaboram em nossas paróquias como catequistas, coordenadores de comunidades e muitos outros trabalhos apostólicos dentro do âmbito comunitário.
Muito mais que uma função ou
serviço, essa vocação envolve uma verdadeira resposta apaixonada, uma dedicação
que vai além do exercício de um ministério dentro da Igreja. Isso porque a
primeira missão do cristão leigo é na família e na sociedade. A vocação dos
cristãos leigos e leigas é tão importante quanto as demais. Elas se
complementam.
Os leigos são corresponsáveis
pela missão da Igreja, companheiros de caminhada e em quem se confia, a quem se
recorre, em quem se acredita e a quem se dá espaço na decisão, no planejamento
e na execução das várias atividades na Igreja, e isso pela própria essência de
sua consagração batismal. Unidos a Cristo, através do Batismo, sacramento da
fé, os leigos devem, portanto, estar atentos não só a uma pertença à Igreja,
mas ‘ser’ e sentir com a Igreja que é mistério de comunhão.
Abraçando a vocação, o cristão
leigo se coloca à disposição para as necessidades de sua comunidade de fé,
podendo atuar nas mais diversas atividades pastorais. Tudo isso de forma
voluntária e tendo que conciliar com as outras dimensões da vida, como família
e trabalho.
Na década
de 1970, foi
idealizado e instituído na Igreja
do Brasil, o Conselho Nacional dos Leigos do Brasil(CNLB), um organismo de
articulação, diálogo e integração das diversas organizações de leigos, que
busca despertá-los para a consciência crítica e criativa, estimulando a sua
participação como sujeitos eclesiais. Seu rápido sucesso desencadeou a
estruturação em Conselhos Regionais e Diocesanos, agregando movimentos e associações
laicais em todas as regiões do Brasil, realizando encontros nacionais e
regionais, construindo caminhos de unidade e comunhão com a Igreja e a
sociedade.
A riqueza e a diversidade
dessa organização possibilitaram o surgimento de inúmeras iniciativas, das
quais destacamos as Comunidades Eclesiais de Base –CEBs e as Pastorais Sociais,
tais como: Pastoral da Criança, da Saúde, da Terra, dos Sem Tetos, da Moradia,
do Menor, da Mulher Marginalizada, do Povo de Rua, Universitária, dos
Migrantes, da Educação, da Pessoa Idosa, Carcerária, Afro-Brasileira,
Sobriedade, entre outras.
Os leigos cristãos são, de
fato, uma das maiores esperanças para o presente e para o futuro da evangelização
que o Senhor nos pede. Parabéns aos nossos fiéis leigos e leigas, que cooperam
eficazmente no anúncio do evangelho.